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CCAM - Centro Cultural de Artes Musicais


​​​​​​​Projeto de Conclusão de Curso 
CCAM - CENTRO CULTURAL DE ARTES MUSICAIS
1/5 ÁREA DE INTERVENÇÃO
2/5 IMPLANTAÇÃO COM COBERTURA
3/5 PLANTA BAIXA
4/5 CORTES E VISTAS
5/5 MAQUETE ELETRÔNICA 
O CONCEITO, A OCUPAÇÃO E O PROGRAMA
EXTERIOR - INTERIOR
MEMORIAL
O conceito foi adotado a partir de estudos realizados que permitiram adquirir embasamento para a elaboração de um projeto que visa a construção de um edifício para a implantação de um Centro Cultural de Artes Musicais. Este será composto por formas geométricas simples, adotou-se essa simplicidade pelo fato de a proposta buscar a leveza, a refletância e a transparência do edifício, oferecendo uma total visibilidade para o exterior.
Dividido em três pavimentos: térreo - formado pelo setor administrativo, de serviço, de exposição e lazer; superior - formado pelo setor educacional, de exposição, lazer e estúdios; terraço - cobertura verde com acesso, conta com Puff e bancos confortáveis.
O edifício conta com grande horizontalidade que permite melhor aproveitamento do terreno facilitando o acesso ao mesmo por quatro lados; conta ainda com uma grande área externa, destinada a atividades de lazer e privilegiada pela facilidade de ligação com o interior do mesmo através de aberturas de acessos e pelas fachadas em elementos vazados e vidros.
O Pátio Central possui diversos usos, como espaço de descanso e convívio ou contemplativo, não somente isso, mas juntamente ao espelho d’água frontal a Fachada, se torna uma extensão da praça São Sebastião, já que o acesso ao centro se dá pela rampa central e leva o usuário ao pátio. É uma maneira de integração entre o edifício com a região, tornando-o ainda mais convidativo. A proposta para este local é de um espaço que possa ser usado por qualquer pessoa (inclusive em horários alternativos, como em finais de semana e anoite, podendo ser apenas para uso momentâneo, ou ainda receberem público para determinados eventos, como os conhecidos encontros de Food Truck que existe na cidade.

Este projeto busca integrar os espaços entre si, utilizando-se de poucas paredes, aplicando-as nos locais aos quais requerem maior privacidade e conforto acústico – como no caso dos setores: estúdios e educacional.
Começando pelo pavimento térreo, houve uma preocupação relacionada a circulação, pois foi proposto um sistema que centralize os fluxos em um grande pátio coberto por uma estrutura espacial de aço e policarbonato alveolar, com formato de nota musical. Recebe iluminação natural e ventos predominantes vindos do Leste, o qual possui bancos e vegetação, porém, desta centralidade os demais espaços se abrem e se interligam, e ainda, durante os percursos possíveis o usuário estará em constante contato com as exposições voltadas a música – em principal regional – que podem ser fixadas em expositores dispostos nesse espaço por exemplo. Na entrada do edifício tem-se um grande Foyer, o qual abriga a recepção, os banheiros e um espaço destinado para exposições; espaço este que qualquer cidadão pode usar, sendo destinado realmente à população.
Ainda no térreo há um auditório, local também que qualquer pessoa pode utilizar, ou mesmo um grupo de pessoas. Pode abrigar 180 pessoas, possibilitando os acontecimentos de palestras, debates, apresentações no geral, ou mesmo eventos locais realizados por escolas (ou outras instituições) da cidade ou região, como danças e em principal apresentações musicais. Conta também com os Setores: Administrativo e Serviços. Todos os ambientes do Térreo se dão ao Pátio Central, e contam com uma grande circulação e fluxo. Todos os ambientes são abertos e/ou possuem a transparência e refletância do vidro. A escada e o elevador que unem o pavimento térreo ao mezanino, são em vidro, possibilitando a interação com o exterior.
O Pátio Central pode receber uma grande quantidade de pessoas, também possibilita ter apresentações a céu aberto, e diversas maneiras de interação entre as instituições locais, como as escolas por exemplo, facilitando deste modo a elaboração de projetos que façam uso deste espaço, dando assim movimento de pessoas e vida ao local, tornando diversas dessas apresentações abertas a todo o público que ali se encontra. É uma maneira de deixar todos os usuários à-vontade, dando características de local público, de conforto e boa receptividade, sendo agradável e convidativa.
O nível superior conta com um espaço grande de interação social, como o café com música, local com o mínimo uso de paredes possível, com espaço para consumação, palco para música ao vivo, juntamente a área de exposição e logo a frente a passarela expositiva toda em transparência, com piso, cobertura e guarda-corpo em vidro – para a visão ao exterior - e ventilação cruzada, proporcionando um grande conforto térmico. Nesse piso também encontra-se os Setores: Estúdios Musicais e Educacional – com Biblioteca voltada a um acervo musical. Os ambientes contam com depósitos de apoio.
Sobre a questão da acessibilidade, as circulações e a rampa de acesso ao edifício segue a norma NBR-9050, além é claro de não haver degraus em nenhum acesso do edifício. Os sanitários estão dispostos igualmente nos dois pisos, e em todos há banheiros familiares e acessíveis, visando assim atender a toda e qualquer pessoa da maneira mais efetiva possível.
Abre-se um grande leque de funções para este espaço, como: eventos no auditório e praça central, deck externo para consumação da parada de Food Truck, Playground, aulas de ensino musical e instrumental, leituras e pesquisas no acervo musical e cultural da Biblioteca, eventos no café com música e nas áreas voltadas as exposições e também estúdio de apoio para gravações. Fica claro, que as visitas da população podem ser rápidas, definidas e com propósito, ou mesmo um lugar para descansar, passar horas e servir como ponto de encontro.
SISTEMA CONSTRUTIVO E PENSAMENTO ECOLÓGICO

O projeto visa privilegiar as formas passivas de energia, iluminação e ventilação natural, trazendo técnicas construtivas modernas. O edifício é composto por materiais como madeira, vidro e aço - que transmitem o aspecto de leveza e tem grande função; utilizou-se também o concreto, onde aparece com leveza por meio da laje alveolar; e o policarbonato alveolar, onde se fez uso na cobertura espacial, para obter devida proteção térmica.
A madeira vem como elemento natural, de reflorestamento, trazendo o conceito de sustentabilidade; o aço tem a posição de um material estrutural mais leve e o vidro permite a transmissão de luz natural, proporcionando ainda o contato com todo o entorno, o vidro utilizado é o fotovoltaico – em parte da cobertura e fachadas – esse sistema é altamente tecnológico, possibilita a entrada de luz, ajudando a inibir a passagem da radiação e calor, é uma novidade que veio para revolucionar as fachadas de vidro.
Além do edifício fazer uso em grande escala da iluminação natural e da ventilação cruzada, ele conta com aspectos que o tornam energeticamente eficiente, como: Painéis solares – cobertura – geram energia, quando não se está consumindo toda energia produzida, o sistema o devolve para a rede elétrica. Uso do verde – cobertura e vedação.
Os pavimentos são compostos por laje alveolar, e pilares cilíndricos de aço. Os forros são de gesso acartonado, tanto por valores estéticos quanto por conforto acústico, já que essas formas concedem uma qualidade maior contra a propagação de sons indesejáveis – pensamento importante no caso do setor de estúdios e educacional.
 
O EMBASAMENTO, A PROPOSTA E O PROJETO
Tomou-se partido da transparência – para o contato visual com o interior. E da refletância – para a integração do prédio com seu entorno. Ambos transmitindo uma mensagem clara de que tal espaço é para qualquer pessoa.
           Preocupou-se com o desempenho ecológico do edifício, e para tal foram aplicadas diversas medidas e tecnologias; houve também muito cuidado com a integração de tal prédio com seu entorno, visando sempre seu destaque, porém, sendo coerente com o que há na região.
Relacionando-o com as referências projetuais, utilizou-se muito do pensamento de Renzo Piano, principalmente em se tratando de trabalhar determinados materiais e tecnologias a favorecer o desempenho do edifício ao longo prazo, além de sua preocupação com o presente e o olhar para o futuro; de Jean Nouvel fez-se uso principalmente de sua filosofia de trabalho, mais especificamente ao que se trata de compreender a situação a fundo e adapta-la o máximo possível ao projeto arquitetônico, sempre com um pensamento voltado para a sociedade e as pessoas e de Tadao Ando, utilizou-se sua leveza e  minimalismo, com uso da madeira , do verde, da iluminação como forma “espiritual” ao projeto, e de espaços calmos e também que serve para interação e convívio social.
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